1. O alfabeto da língua portuguesa passa a incorporar as letras K, Y e W e a contar ao todo com 26 letras:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
Com a reforma, as letras K, Y e W se tornam parte oficialmente do português. Mas vale notar que as novas regras não autorizam seu uso irrestrito - não se permite, por exemplo, que passe a se escrever "Kilo" no lugar de "quilo".
2. O uso das letras K, W, e Y se aplica nos seguintes casos:
- Nomes próprios de pessoas (os chamados antropônimos) em outras línguas e seus derivados (como William, Kafka e Kafkiano ou Taylor e taylorista).
- Nomes geográficos (os chamados topônimos), como de regiões, países e cidades (como kuwait, kuwaitiano).
- Siglas, símbolos e unidade de medida universais (como "K" para designar potássio em química ou o uso de "kg" para quilograma).
3. Da mesma forma, em nomes próprios e palavras estrangeiras são aceitas combinações que não cabem em português:
O "sh" em "Shakespeare" (o famoso escritor inglês) ou "mt" em "Comte" (de Auguste Comte, filósofo francês).
4. Nomes próprios de tradição bíblica que terminem em "-ch", "-ph", "-th" devem ser simplificados:
Se as consoantes são pronuciadas, como em "Baruch" e "Loth", a simplificação (no caso, "Baruc" e "Lot") é facultativa. Se as consoantes não são pronunciadas, como em "Joseph", "Beth" e "Judith", elas devem ser adaptadas - nos exemplos, passam a ser "José", "Bete" e "Judite".
Para efeitos legais, deve-se manter a ortografia dos nomes próprios registrados em cartório.
5. Sempre que possível, nomes de países e cidades em outras línguas devem ser grafados em sua forma correspondente em português:
Nova Iorque (e não New York), Zurique (e não Zürich), Quebeque (e não Quebec). Os termos que não possuem versão em português, como Washington, Los Angeles e Buenos Aires, devem manter a grafia original.
Jorge Fernando De Olho na Reforma Ortográfica