sábado, 14 de fevereiro de 2009

O NOVO PORTUGUÊS - TREMA

Antes do Acordo, o trema (¨) só era empregado na ortografia em vigor no Brasil, já tendo sido eliminado de Portugal. E mesmo por aqui o sinal caíra em desuso por grande parte da população e até alguns por periódicos. Por esse motivo, resolveu-se extingui-lo de vez.

1. O trema, sinal colocado sobre a letra u para indicar sua pronúncia nas sílabas gue, gui, que e qui, deixa de ser adotado nas palavras em língua portuguesa ou aportuguesadas.

Cuidado com o GERUNDISMO

Assim como o trema, o gerundismo (uso indiscriminado do gerúndio) é algo exclusivo do Brasil. Os portugueses na maioria das vezes preferem o uso do infinitivo ao gerúndio e, por essa razão, não estão arriscados a ouvir “vou estar fazendo” no meio de uma conversa. Para não cair nas armadilhas do gerundismo, é bom ter em mente quando é indicado o uso desse tempo verbal. O gerúndio deve ser usado para expressar uma ação em curso (“Estou dirigindo a caminho do trabalho”) ou uma ação simultânea a outra (“A menina ouvia sorrindo as histórias do avô”). Também ser vê para indicar uma ação realizada imediatamente antes de outra (“Batendo a porta, ele saiu”) ou para exprimir a noção de progressão indefinida (“Caminhando contra o vento, sem lenço sem documento”, como diz a música “Alegria, Alegria”, de Caetano Veloso). O problema do gerundismo é que ele emprega o gerúndio em construções em que o tempo verbal não é apropriado – o correto é quase sempre o futuro do presente ou o infinitivo. Assim, não diga: “vou estar fazendo”, “vou estar enviando” ou “você pode estar participando”, mais, sim, “farei”, “enviarei” e “você pode participar”.


2. O trema permanece nas palavras estrangeiras e seus derivados, como Führer, Müller, Hübner e hübneriano.

Responda rápido: quantos dos seus amigos são “gajos porreiros”? E quantos são “parvalhões”? Ficou sem entender? Pois é, essas são mais diferenças entre o português do Brasil e de Portugal. O nosso cara em Portugal vira “gajos”. E legal por lá é dito “porreiro”, enquanto “babaca” vira “parvalhão”. E aí, o que você diz sobre os seus amigos?


Jorge Fernando De Olho na Reforma Ortográfica

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