sábado, 14 de fevereiro de 2009

O NOVO PORTUGUÊS - O USO DOS PORQUÊS




Tal qual o sistema de acentuação, os porquês têm regras diferentes no Brasil alterou seus modos de uso, que, no Brasil, continuam sendo os seguintes:

Por que
É usado em frases interrogativas. E isso vale tanto para as perguntas diretas (“Por que você não foi à escola ontem?”) quanto para as indiretas, como “Não sei por que ele veio”. Ou seja: não é só quando há um ponto de interrogação na frase que se deve usar “por que”. Na dúvida, substitua-o por “por que razão/motivo” (“Não sei por que motivo ele veio”). Também é equivalente a “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, “pelas quais” ou, ainda, “para que” em frases afirmativas: “Aquele era o apelido por que (pelo qual) ele era conhecido”.

Porque
O termo “porque” é uma conjunção causal, explicativa ou final. Seu uso tem o significado equivalente a “pois”, “já que”, “uma vez que” quando indicar causa ou explicação e “a fim de” quando indicar finalidade: “Não pude sair porque estava chovendo” (“pois”, causa), “Não faça mal a ninguém porque não façam a você”. (“a fim de que”, finalidade).

Por quê
O “por quê” é um pronome interrogativo, presente em perguntas diretas e indiretas. É equivalente a “por qual razão” e estará sempre junto ao sinal de pontuação, seja vírgula, ponto-e-vírgula, ponto final, ou ponto de interrogação: “sem saber por quê, ela continuou a correr”; “Você fez isso por quê?”.

Porquê
O “porquê” é um substantivo e por isso mesmo é o único dos “porquês” que aceita plural. Normalmente é precedido por um determinante, como um artigo, um pronome, um numeral, e é equivalente a “motivo” ou “causa”: “Ninguém entendia o porquê da crise”; “Ele está sempre cheio de porquês”; “Nunca se soube o porquê da briga”.


Jorge Fernando de Olho na Reforma Ortográfica

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