(... Continuação)
DEBATES NA TV INFLUEM NO RESULTADO DE UMA ELEIÇÃO?
VERDADE Os marqueteiros costumam dizer que, se um candidato vai bem num debate, não ganha votos, mas, se vai mal, pode perder milhões de eleitores.
Em 1989, Lula crescia nas pesquisas na reta final do segundo turno, e ameaçava tomar a liderança de Fernando Collor. No último debate da disputa, o petista teve o seu pior desempenho.
Estava nervoso e passou todo o programa na defesa. Com isso, teve um sangramento de milhões de votos-e se viu derrotado.
Em 2006, foi Geraldo Alckmin quem se deu mal. Durante toda campanha, o tucano havia mantido um discurso sereno e conciliador. No primeiro debate do segundo turno adotou um tom raivoso e agressivo. Os eleitores não gostaram do seu comportamento. Esse foi um dos fatores que levaram Alckmin a ter menos votos no segundo turno do que no primeiro. Numa eleição apertada como deve ser a deste ano, o enfrentamento dos candidatos na TV será ainda mais crucial.
Ter palanques nos estados é fundamental para a vitória do candidato ?
Mito ter bons palanques estaduais ajuda, mas não é determinante para um candidato à presidência vencer as eleições. FHC se elegeu presidente e sua coligação fez dezesseis governadores, um número altissímo.Na eleição seguinte vencida por Lula a coligação do petista elegeu apenas três governadores. O brasileiro médio não enfrenta nenhum constrangimento em votar em político de partido diferente, numa mesma eleição majoritária, como demonstrou o quadro em Minas em 2002 e 2006, muitos optaram pelo voto ”lulécio”, ou seja: Lula para presidente e Aércio para governador. Voto casado não é regra no Brasil.
Os indecisos podem definir uma eleição na reta final ?
Mito Até agora, isso não ocorreu. Os votos dos indecisos tende a ser diluir entre os candidatos, seguindo a proporção porcentual que estes ostentam nas pesquisas. A história do que os indecisos optam por quem está na frente, para “valorizar” o seu voto, não se confirmam nas pesquisas.
A copa do mundo interfere na eleição ?
Mito Vitórias ou derrotas da seleção brasileira não mudam o voto de ninguém, como demonstram as quatros eleições presidenciais que coincidiram com a copa.
Adaptação - Revista VEJA
sexta-feira, 18 de junho de 2010
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