segunda-feira, 20 de junho de 2011

PINGUIM-IMPERADOR

Amontoando-se no frio, caminhando desajeitadamente no gelo, mergulhando através das ondas e escorregando na neve, os pinguins são símbolos da Antártica.

Dos cerca de 50 milhões de pinguins que vivem na região, só o imperador se reproduz no gelo e na neve. Ele é um sobrevivente polar, gerando filhotes mais ao sul do que qualquer outro animal. E está perfeitamente adaptado para a tarefa. No entanto, à medida que a Antártica esquenta por causa do aquecimento global, há menos gelo no mar a cada ano. O fenômeno afeta a cadeia alimentar, pois a redução do gelo leva à diminuição das populações de algas (um dos alimentos principais do krill). Com menos krill, que é a base da dieta dos pinguins, diminui também o número de pinguins-imperadores.

Ao longo dos últimos 50 anos, a população dessa espécie caiu pela metade.


O desafio da reprodução

Os pinguins-imperadores fazem a corte e acasalam rapidamente, aproveitando a curta duração do verão na Antártica. Depois de seis semanas, a fêmea põe um único ovo e o entrega ao macho. Ele cuida do ovo enquanto ela faz uma viagem de 100 quilômetros até o mar em busca de alimento. Quando chega o inverno, os machos se juntam num aglomerado compacto para enfrentar o frio gelado e chocam os ovos a seus pés. Nove semanas mais tarde, sob a escuridão do inverno antártico, os filhotes nascem e as fêmeas reaparecem com comida.

CURIOSIDADE

Existem cerca de 40 colônias de pinguins-imperadores na Antártica. Algumas abrigam não mais do que 200 casais, enquanto as maiores podem ter mais de 50 mil casais.

Um pinguim passa boa parte da sua vida em longas viagens até o mar em busca de comida. Já que não sabe voar, esse pássaro precisa caminhar sobre as pedras e escorregar no gelo. O corpo curvado serve de trenó, impulsionando por seus membros. Na água, ele mergulha a mais de 10 quilômetro por hora!

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